Chamava-se Bernardette. Era linda com seu ar namoradeiro.
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Quem vier atrás que feche a porta...
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Quem vier atrás que feche a porta...
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"Ó amigo, você assapa-lhe!" passou-se em Vila Real 1978. Hermano Sobral com a OW31 e o dôbro da potência era o centro das atenções e o grande favorito para a vitória. Na garagem da Michelin (do meu amigo António Joaquim Rodrigues da Silva) onde tinhamos as motos apareciam os fans amigos da casa. Um deles de enorme estatura e espirito de humor (que mais tarde correu de carro em Vila do Conde) depois de ver os treinos voltou à Michelin e largou-me a dita frase: "Ó amigo, você assapa-lhe!" Foi a gargalhada geral.
Depois ganhei a corrida.
Depois ganhei a corrida.
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- 1975-06-26 Autódromo do Estoril
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Acerca de mim
CORRIDAS INTERNACIONAIS
Nurburgring, Brands Hatch, Silverstone, Le Mans (Bugatti), Spa, Jerês, Jarama foram as pistas onde corri. Destas não tenho sequer fotos pois as dificuldades para correr eram muitas. Em Nurburgring para haver dinheiro para a gasolina, durante 3 dias o almoço e o jantar foram cachorros. Em muitos Grandes Prémios não consegui classificar-me para as corridas. Em Nurburgring classifiquei-me em 78 e 79. Neste ano classifiquei-me em 20º para a corrida numa grelha de 30 para 40 inscritos. No dia da corrida chovia torrencialmente e foi declarada "wet race". A àgua era tanta que na volta de reconhecimento os meus pés ficaram a nadar dentro da botas. Dada a partida arranquei "à cão" e comecei a passá-los. 2, 3 e 4 de cada vez...Á 4ª volta estava em 8º e tinha passado meninos como o Jon Ekerold (Campeão do Mundo 1980) e o Anton Mang (mais tarde bi-Campeão do Mundo 350 e tri-Campeão 250). A mota dançava por todos os lados: nas travagens, à entrada e à saída das curvas. Quando quiz passar (pelo meio) o 6º e o 7º na travagem da recta das boxes aterrei de barriga sem mota a 250 Km/h no molhado. Foi assim que entrei para o club restrito dos corredores sem mota mais rápidos do mundo... As bancadas levantaram-se a aplaudir! Foi a corrida da minha vida. Pena não ter acabado...
1 comentário:
Tio António,
Isto é que era uma atitude verdadeiramente radical!!!
Alguém pensava nesta altura em usar botas com protecções, cutoveleiras, joelheiras ou umas simples luvas?
Claro que não. A carolisse e a determinação em doses cavalares faziam superar todas as dificuldades sem os apoios dos patrocinadores e das "entidades oficiais" que hoje parecem obrigatórios!
A malta nova que actualmente faz para aí umas aventuras e se gaba de as fazer, por baixo de todo aquele equipamento técnico que exibe, ainda deve andar vestida de cueiros.
Um abraço
Rui FC
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